(Trabalhador volante a caminho do trabalho)
O debate sobre o que se convencionou chamar “A Questão Agrária no Brasil" vem se intensificando nos últimos anos.
Não é, entretanto, a primeira vez que esse tema é discutido entre nós. Na verdade, essa polêmica já polarizou grande parte dos debates também em outras épocas da vida nacional. Na década de trinta, por exemplo, essa discussão girava em torno da crise do café e da grande depressão iniciada com a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929.
Já no final dos anos cinqüenta e início dos anos sessenta, a discussão sobre a questão agrária fazia parte da polêmica sobre os rumos que deveria seguir a industrialização brasileira. Argumentava-se então que a agricultura brasileira - devido ao seu atraso - seria um empecilho ao desenvolvimento econômico, entendido como sinônimo da industrialização do país.
Esse diagnóstico vinha reforçado pela crise da economia brasileira, particularmente no período 1961/67. Depois de 1967, até 1973, o país entrou numa fase de crescimento acelerado da economia. Nesse período, que ficou conhecido como o do "milagre brasileiro", pouco se falou da questão agrária. Em parte porque a repressão política não deixava falar de quase nada. Mas em parte também porque muitos achavam que a questão agrária tinha sido resolvida com o aumento da produção agrícola ocorrido no período do milagre. Embora todos reconhecessem que esse aumento vinha beneficiando os então chamados "produtos de exportação" (como o café, a soja, etc.), em detrimento dos chamados "produtos alimentícios" (como o feijão, arroz, etc.), contra-argumentavam alguns que isso era um desajuste passageiro que logo se normalizaria. Outros diziam ainda que não haveria problema se pudéssemos continuar exportando soja - que era mais lucrativa - e, com os recursos obtidos, comprar o feijão de que necessitávamos.
Mas o "milagre" acabou. Passada a euforia inicial, muitos começaram a se dar conta de que os frutos do crescimento acelerado do período 1967/73 tinham beneficiado apenas uma minoria privilegiada. E, entre os que tinham sido penalizados, estavam os trabalhadores em geral, e, de modo particular, os trabalhadores rurais.
De 1974 em diante a economia brasileira deixa de apresentar os elevados índices de crescimento do período anterior, e no triênio 1975/77 começa a se delinear claramente outra situação de crise.
É muito interessante observar que em 1978 muitas coisas voltam a ser discutidas, com o início de uma relativa abertura política no país. E, entre elas, retoma-se com pleno vigor o debate sobre a questão agrária, novamente dentro do contexto mais geral das crises do sistema econômico capitalista.
A escolha da agricultura como "meta prioritária" do governo reaviva as discussões que se travam em torno do conteúdo político e social das transformações que se operaram no campo brasileiro nas duas últimas décadas. Nem mesmo a tão anunciada "super-safra" - que não chegou a ser tão "super" assim - consegue esconder o "ressurgimento da questão agrária", como parte dos temas mais polêmicos do momento.
Evidentemente não é bem um "ressurgimento da questão agrária", pois ela não foi resolvida anteriormente. De um lado, ela havia sido esquecida ou deixara de ser um tema da moda da grande imprensa. Do outro lado - da parte daqueles que não a podiam esquecer, porque a questão agrária faz parte da sua vida diária, os trabalhadores rurais - ela fora silenciada. Para isso foi necessário fechar sindicatos, prender e matar líderes camponeses, além de outra série de violências que todos conhecem ou pelo menos imaginam.
Esse próprio "ressurgimento" serve para ilustrar um ponto fundamental para pode confundir a questão agrária e a questão agrícola o grande economista brasileiro Ignácio Rangel já havia alertado sobre isso desde 1962. Dizia ele que o setor agrícola à medida q avançasse a industrialização do país, teria que:
a) aumentar a produção, para fornecer às indústrias nascentes matérias-primas, e às pessoas das cidades os alimentos;
b) liberar a mão-de-obra necessária para o processo de industrialização;
Se a produção agrícola não crescesse no ritmo, necessário, configurar-se-ia então uma crise agrícola: faltariam alimentos e/ou matérias-primas, o que inviabilizaria a continuidade do processo de industrialização
Por outro lado, se a agricultura liberasse muita ou pouca mão-de-obra em função das quantidades exigidas para a expansão industrial, configurar-se-ia uma crise agrária traduzida por uma urbanização exagerada ou deficiente.
Essa separação entre questão agrária e questão agrícola é apenas um recurso analítico. Evidente que na realidade objetiva dos fatos não se pode separar as coisas em compartimentos estanques, ou seja, a questão agrária está presente nas crises agrícolas, da mesma maneira que a questão agrícola tem suas raízes na crise agrária. Portanto, é possível verificar que a crise agrícola e a crise agrária, além de internamente relacionadas, muitas vezes ocorrem simultaneamente. Mas o importante é que isso não é sempre necessário. Pelo contrário muitas vezes a maneira pela qual se resolve a questão agrícola pode servir para agravar a questão agrária.
Em poucas palavras, a questão agrícola diz respeito aos aspectos ligados às mudanças da produção em si mesma: o que se produz, onde se produz e quanto se produz. Já a questão agrária esta ligada às transformações nas relações sociais e trabalhistas produção: como se produz, de que forma se produz.
No equacionamento da questão agrícola as variáveis importantes são as quantidades e os preços dos bens produzidos. Os principais indicadores da questão agrária são outros: a maneira como se organiza o trabalho e a produção; Qualidade de renda e emprego dos trabalhadores rurais, a progressividade das pessoas ocupadas no campo, etc.
A força com que a que tão agrária brasileira ressurge hoje não advém apenas da maior liberdade com que podemos discuti-la. Mas também do fato de que ela vem sendo agravada pelo modo como têm se expandido as relações capitalistas de produção no campo. Em outras palavras, a maneira como o país tem conseguido aumentar a sua produção agropecuária tem causado impactos negativos sobre o nível de renda e de emprego da sua população rural.
E a crise agrária brasileira, como também já havia notado Rangel, já estava desde o início dos anos sessenta ligada a uma liberação excessiva de população rural. Eram milhares de pequenos camponeses que, expulsos do campo, não conseguiam encontrar trabalho produtivo nas cidades e daí os crescentes índices de migrações, de subemprego, para não falar na mendicância, prostituição e criminalidade das metrópoles brasileiras.
O fato é que a expansão da grande empresa capitalista na agropecuária brasileira nas décadas de sessenta e setenta foi ainda muito mais acelerado que em períodos anteriores. E essa expansão destruiu outros milhares de pequenas unidades de produção, onde o trabalhador rural obtinha não apenas parte da sua própria alimentação, como também alguns produtos que vendia nas cidades. É essa mesma expansão que transformou o colono em bóia-fria, que agravou os conflitos entre grileiros e posseiros, fazendeiros e índios, e que concentrou ainda mais a propriedade da terra.
Falamos a pouco das transformações que a expansão do capitalismo no campo provoca sobre a produção agropecuária. Mas qual é o sentido dessas transformações?
Como explica um recente trabalho: "Com o desenvolvimento da produção capitalista na agricultura (ou seja, nas transformações que o capital provoca na atividade agropecuária), tende a haver um maior uso de adubos, de inseticidas, de máquinas, de maior utilização de trabalho assalariado, o cultivo mais intensivo da terra, etc. Em resumo, a produção se torna mais intensiva sob o controle do capital.
Quer dizer, o sentido das transformações capitalistas é elevar a produtividade do trabalho. Isso significa fazer cada pessoa ocupada no setor agrícola produzir mais, o que só se consegue aumentando a jornada e o ritmo de trabalho das pessoas, e intensificando a produção agropecuária. E para conseguir isso o sistema capitalista lança mão dos produtos da sua indústria: adubos, máquinas, defensivos, etc. Ou seja, o desenvolvimento das relações de produção capitalistas no campo se faz "industrializando" a própria agricultura.
Essa industrialização da agricultura é exatamente o que se chama comumente de penetração ou "desenvolvimento do capitalismo no campo". O importante de se entender é que é dessa maneira que as barreiras impostas pela Natureza à produção agropecuária vão sendo gradativamente superadas. Como se o sistema capitalista passasse a fabricar a natureza que fosse adequada à produção de maiores lucros.
Assim, se uma determinada região é seca, tome lá uma irrigação para resolver a falta de água; se é um brejo, lá vai uma draga resolver o problema do excesso de água; se terra não é fértil, aduba-se e assim por diante.
Vamos dar um exemplo bastante ilustrativo das transformações que o sistema capitalista provoca na produção agropecuária: O da avicultura. Antigamente as galinhas, e os galos também, eram criados soltos nas fazendas e sítios. Ciscavam, comiam minhocas, restos de alimentos e às vezes até mesmo um pouco de milho. Punham uma certa quantidade de ovos - uma ninhada de doze, quinze - e depois iam chocá-los durante semanas seguidas. Mesmo que os ovos fossem retirados, periodicamente as galinhas paravam de botar, obedecendo ao instinto biológico da procriação e punham-se em “choco”.
Mas, logo se descobriu que essa parte do processo de procriação das aves podia ser feita pela incubadora (ou chocadeira) elétrica. E com maior eficiência que a própria galinha, uma vez que permitia controlar melhor a temperatura e evitar quebra dos ovos. Tornou-se necessário então fabricar uma galinha que não perdesse tempo chocando, isto é, que se limitasse a produzir ovos todo o tempo de sua vida útil.
Evidentemente, uma produção assim mais intensiva não era possível ser conseguida com galinhas que ciscassem e se alimentassem à base de engolir minhocas e restos de comida. Foi preciso fabricar uma nova alimentação para essas galinhas - as rações - que possibilitassem sustentar essa postura. Além de melhor alimentação, as aves foram confinadas em pequenos cubículos metálicos, para que não desperdiçassem energia ciscando. Estava constituída uma verdadeira "fábrica avícola": de um lado entra ração, a matéria-prima; do outro saem ovos, o produto. Tudo padronizado, lado a lado umas das outras nas suas prisões.
Nessas alturas os galos que não botavam ovos e só faziam barulho e arrumavam encrenca! claro que alguns poucos - será que privilegiados? - foram preservados para a procriação. Mas esta atividade passou a ser outro ramo distinto: a produção de ovos se separou da produção de pintinhos.
E a avicultura se tornou tão especializada que a produção de matrizes – quer dizer dos pais e das mães dos pintinhos - passou a ser um outro ramo também especializado. Quer dizer que: quem produz ovos, compra os pintinhos; quem produz os pintinhos, compra as matrizes.
Mas, por que uma galinha que não choca, presa numa gaiola, comendo ração é mais adequada ao sistema capitalista que a outra que ciscava nos terrenos das fazendas em busca de minhocas?
Ora, além de produzir mais ovos que a outra em sua vida útil, a galinha que não choca dá lucros também ao produtor da ração, ao que fabrica as gaiolas, ao dono das chocadeiras elétricas, aos que vendem pintinhos, etc. Ou seja, a produção de ovos com essa “fábrica avícola” criou o mercado para a indústria de ração, de gaiolas, de chocadeiras, de pintinhos, das matrizes, Por sua vez, a indústria de ração dá lucros para o fabricante de medicamentos, ao comerciante do milho, a indústria de gaiolas, ao fabricante de arames galvanizado e chapas metálicas e assim sucessivamente.
Tudo isso por que uma galinha come minhocas e a outra não? E, seria o caso perguntar, quem ganha com isso? A resposta é óbvia. Os donos das indústrias de ração, das gaiolas, de chocadeiras... O pequeno produtor, que cria os pintinhos e vende os ovos, esse não. Ele tem que comprar ração, gaiolas, medicamentos, pintinhos, tudo vindo de grandes companhias. Então, é lógico que se paga caro essas coisas, porque o seu poder de barganha é nulo frente a essas grandes empresas.
Na hora de vender é a mesma coisa: são grandes compradores, e há muito ovo (lembre-se que essas galinhas vivem apenas para botar ovos), então o preço é baixo, tão baixo, que ele precisa cuidar de milhares de galinhas para conseguir garantir a sua sobrevivência como pequeno produtor. Em resumo, ele trabalha mais e ganha relativamente menos.
A questão está justamente aí: o sistema todo foi feito para que ganhem os grandes capitais e não os pequenos produtores. Então diriam certos “anarquistas ecológicos” hoje vestidos com a roupagem da proteção ambiental: vamos voltar a produzir galinhas que ciscam nos terreiros e comem minhocas, por que além de combater o sistema capitalista, estaríamos produzindo ovos mais saudáveis e poupando milho para alimentar os seres humanos. É claro que ninguém defende que os ovos devam conter resíduos de DDT ou coisa semelhante, mas essa posição não é apenas utópica, mas também profundamente elitista, ela reduziria drasticamente a produção de ovos, o que elevaria brutalmente seus preços, além de condenar milhares de trabalhadores empregados nesse “complexo avícola”.
Essa proposta de "volta ao passado" é equivocada: tal como D. Quixote, acabamos destruindo o moinho de vento pensando que combatemos os gigantes.
A questão não é a galinha em si, mas o sistema que a orienta: a tecnologia adotada é apropriada aos interesses do grande capitalista contra aos dos pequenos produtores.
Mas isso não é próprio do sistema capitalista. É importante voltar a lembrar que o objetivo das transformações capitalistas na agricultura (como em toda a economia é o de aumentar a produtividade do trabalho. Isto é, fazer com que cada pessoa possa produzir mais, durante o tempo em que está trabalhando. No sistema capitalista, quando o trabalhador produz mais, quem ganha é o patrão É ele que aumenta seus lucros. Por isso, o sistema capitalista acumula riqueza de um lado e miséria de outro.
Mas a elevação da produtividade do trabalho é fundamental em qualquer sociedade. Especialmente num sistema econômico socialista, onde o trabalhador é o dono dos frutos do seu próprio trabalho. Aí, quando uma pessoa produzir mais por dia de serviço, ela ganhará mais e poderá inclusive trabalhar menos dias por ano, se isso for conveniente para todos. É claro que, num sistema desse tipo, muitas tecnologias adotadas no capitalismo terão que ser abandonadas. Afinal, o objetivo não será mais aumentar os lucros dos grandes capitais, mas promover o bem-estar dos trabalhadores, o que inclui desde não se produzir ovos com resíduos de DDT até não poluir rios ou destruir bosques e florestas.
12 comentários:
Sem dúvidas essa questão voltou a ser discutida a todo vapor...
Enquanto si erstava sob efeito do tal "milagre" parecia que estava estavel a cituação.
Mas logo podemos ver que em determinados locais as condições de vida e de trabalho são as piores, e sem perspectivas de melhoras nenhuma.A problematica agrária do brasil, mas utiliza-se da abordagem estruturalista como modelo explicativo, e como obstaculo ao desenvolvimento.
A visão desenvolvimentista exclui o sentido da terrra e sua apropriação, trata somente da passagem de uma agricultura tradicional para o setor agropecoario moderno.Reinvidicando o conceito da classe social pra compreender as relações de trabalho.
A questão agrária é algo que já vem de muito tempo causando polêmica, por um tempo saiu da mídia mais não foi esquecida.
O ponto mais interessante dessa matéria foi a parte que fala sobre o "Milagre Brasileiro",ou seja, o crescimento economico acelerado, e muitas pessoas se enganavam achando que a crisa agrária tinha melhorado com esse suposto "Milagre" mais estavam muito enganadas pois esse suposto "Milagre" só beneficiou uma
minoria e dentre essa minoria não estavam inclusos os trabalhadores, por isso, quem sofria eram os trabalhadores e mais ainda os trabalhadores rurais.
A visão desenvolvimentista exclui o sentido da terrra e sua apropriação, trata somente da passagem de uma agricultura tradicional para o setor agropecoario moderno.Reinvidicando o conceito da classe social pra compreender as relações de trabalho.
O ponto mais interessante dessa matéria foi a parte que fala sobre o "Milagre Brasileiro",ou seja, o crescimento economico acelerado, e muitas pessoas se enganavam achando que a crisa agrária tinha melhorado com esse suposto "Milagre" mais estavam muito enganadas pois esse suposto "Milagre" só beneficiou uma
minoria e dentre essa minoria não estavam inclusos os trabalhadores, por isso, quem sofria eram os trabalhadores e mais ainda os trabalhadores rurais.
LOHANN S. MOURA N°.: 20
Na minha opnião, o sistema capitalista no setor no setor agário, foi uma difícil escolha teve q fazer, para crescer economicamente neste setor.
Mas essa escolha prejudicou a grande maioria, os trabalhadores rurais, que não receberam nenhuma ajuda do governo para industrializar sua pequena lavoura.
Com isso, o lucro do setor agrário do país ficou retido nas mãos de de poucos ( empresários ), que a cada dia ficam mais ricos.
Os gastos do trabalhador rural eram relativamente grandes, tendo que po seu produto no mercado com preços mais altos, gerando pouquíssimos lucros.
O governo fez uma grande mudança, no setro agrário, mas naquele momento só pensou nos prós. Deixando uma massa de trabalhadores rurais na pior.
JÉSSICA BARRETO DE SOUZA N° 12
Ao meu ver a "Questão Agrária no Brasil" não foi muito privilegiada, tanto aos tempos passados e até hoje é uma polêmica nacional.Na década de 30 houve uma discussão devido a crise do café e da grande quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, ja no final dos anos 50 e início dos 60, a polêmica era sobre os rumos q ue deveria seguir a industrialização brasileira. Nos anos de 1967, até 1973 o país entrou em uma fase acelerada crescimento da economia, nesse período ficou conhecido com "milagre brasileiro", esse milagre aconteceu chamado "produtos ou exportações" (como o café, a soja, e etc).
Mas até então, passada essa euforia, muitos começaram a se dar conta q esse crescimento acelerado tinha beneficiado apenas uma menoria, e devido a esse aconecimento esse "milagre", acabou.
A questão agrária sempre é descotida pelo goveno com o conteúdo político e social das transformações que se operaram no campo brasileiro, a super safra não foi tão boa assim, e tornara mais um tema polêmico para o governo agrário.
Para essa questão agrária ser melhorada, ela não poderia se separar a questão agrícola, pq sempre a questão agrária está presente nas agícolas, mas te-las sempre juntas não é sempre necessário, pq às vezes a maneira pela qual a questão agrícola pode servir para prejudicar a questão agrária.
Stefanie francine n. 30
Como podemos abservar este assunto já gerou polemica na década de 30 por causa da crise do café.No fim dos anos 50 e inicio dos anos 60, houve outra polemica sobre o rumo da industrialização brasileira agrária.
Pois acreditavam-se que agricultura seria um empecilho ao desenvolvimento economico.
Esse diagnostico vinha reforçado pela crise economica que o Brasil tinha passado de 1961/67.Depois de 1967 a 1973 teve um grande desenvolvimento na economia. Nesse período ficou conhecido como "milagre brasileiro", e pouco se falou da questão agraria, pois a repressão politica não deixava falar quase nada. Mas alguns achavam que a questão agrária tinha sido resolvida com o bom desenvolvimento do "milagre". Embora todos reconhecessem os então chamados "produtos de exportação"(como café, soja, etc...).
Mas o "milagre" acabou, passadoi algum tempo se deram conta que no período do "milagre" os beneficiados foram muito poucos, e teriam penalizado a maioria dos trabalhadores particularmente os rurais.
Em 1778 volta-se a dicutir a questão agrária no pais.
Então foi comunicada a "super-safra"(que não chegou a ser super)e consegue eesconder o ressurgimento da questão agrária com parte do tema mais polemico do momento.não era bem um "ressurgimento da questão agrária", pois ela não tinha sido resolvido ateriormente, ela só tinha sido esquecida ou bem escondida(acreditavajm assim os trabalhadores rurais).
O ressurgimento que serve para ilustrar um dos pontos fundamentais que pode confundir a questão agrária coma questão agrícola. Ogrande economista Inácio Rangel já havia alertado sobre isso desde de 1962. Ele dizia que conforme a industrialização cescesse, teria que:
a) aumentar a produção, para fornecer às indústrias nascentes matérias-primas, e às pessoas das cidades os alimentos;
b) liberar a mão-de-obra necessária para o processo de industrialização;
E a crise agrária brasileira como já tinha notado Rangel, já estva desde o inicio dos anos 60 ligada a uma libertação excessiva da populaçao rural.
Jéssica Menezes N°13
A Questão Agrária no Brasil
Deu início a questão agrária na década de trinta, com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque no ano de 1929 e a crise do café.
No término dos anos cinqüenta e início dos anos sessenta, foi o rumo que o Brasil tomou para a sua industrializaçao, vinha reforçado pela crise da economia brasileira. Depois de 1967 à 1973, o país acelerou a economia e esse período ficou conhecido como o "milagre brasileiro".
Em 1974, a economia deixou os elevados índices de crescimento do período anterior, e em 1975/77 iniciou-se outra crise.
Em 1978, coisas voltaram-se a ser discutidas dando início a uma abertura política no país, entre elas o debate sobre a questão agrária dentro de um contexto mais claro das crises econômicas capitalista.
Nas duas últimas décadas nem mesmo a tão reconhecida "super safra" que não chegou a ser tão super assim conseguiu esconder o "ressurgimento da questão agrária", uns dos temas mais discutidos no momento. E o próprio "ressurgimento" serviu para ilustrar um foco essencial para poder confundir a "questão agrária" e a "questão agrícola". Ignácio Rangel (um grande economista brasileiro) já teria alertado sobre o caso desde 1962, dizia o economista que o setor agrícola à medida que avançasse a industrialição do país, teria que aumentar a produção e liberar a mão-de-obra necessária para o processo de industrialização.
A questão agrícola ligava-se às mudanças da produção em si mesma: o que se produz, onde se produz e quanto se produz; e a questão agrária ligava-se às transformações: como se produz, de que forma se produz; seus indicadores são: a maneira como se organiza o trabalho e a produção; qualidade de renda e emprego dos trabalhadores rurais; ao progresso das pessoas ocupadas no campo; e outros...
É importante lembrar que o objetivo das tranformações capitalistas na agricultura é o de aumentar a produtividade do trabalho, ou seja, fazer com que cada indivíduo possa produzir mais, durante o tempo de trabalho. No sistema capitalista funciona assim: se o trabalhador produz mais, quem ganha é o patrão. Portanto, ao memso tempo que esse sistema aculmula riqueza tráz também a miséria para outros.
O mundo capitalista está em constantes mudanças, fo assim no periodo da revolução industrial que causou o êxodo rural devido sua nescessidade de mão-de-obra, auxiliando também para expansão das cidades que foram criadas no entorno das novas fábricas.
Nos dias de hoje existe uma tendência de aumento da produção com menor mão-de-obra, e essa politica de industrialização foi levada para o campo, esta fórmula de produção criada por Henry Ford, a produçao em série, onde cada funcionário é responsável por uma etapa do processo produtivo, este procedimento vem sendo usado em "Fazendas Indústrias", verdadeiras usinas de produção que utilizan-se de recursos tecnológicos como GPS, Laser, entre outros, tornando desigual a competição com o pequeno produtor rural sem falar no ciclo produtivo onde cada grande produtor depende dos produtos de outro grande produtor, fechando entre eles os lucros não dando margem aos de pequeno porte para romper esse ciclo.
Enfim, creio ser uma utopia o processo de produção que abrirá espaço para os pequenos produtores, pois o proprio processo evolutivo econômico exige que cada vez mais se invista em tecnologia e isto gera custos que somente grandes empresas podem arcar.
Aluno: ANTONIO JOSÉ FERNANDES DA SILVA
NUMERO 05 TURMA 201-N
a questão agraria no Brasil vai de mal a pior...
o brasil para se industrizase tinha que fazer um almento de produçao agropecuario com cranes legumes sem calzar mal a terra com os produtos agriculas .
os produtores que eram donos de grandes terras eram favorecidos pela questao agraria com a agroindria que pudia compra maquinas para almentar a produção e com os pequenos agritores continuava a ser os escravos dos grandes produtores e da terra.
e com essa reforma agraria que saiu perdendo foi osboais frias
que eram mal pagos pelos os grandes agricutoresde terras,que trabalhavam muito.
Não podemos deixar, é claro, de comentar sobre o "milagre brasileiro" onde o PIB do Brasil crescia 10% ao ano. mas, modificando o ditado, temos: " a alegria dos países subsedenvolvidos dura pouco" e, logo, a discursão da reforma agrária estava novamente em pauta.
Dentro deste mesmo contexto, comento sobre um movimento que tem se expandido no Brasil, a respeito destas mesmas questões, o "famoso" MST ( movimento dos sem terra ). Todos são contra isso, porém, as opiniões a qual eles protegem está correta. Entregar terras as pesoas não é o suficiente! É preciso dar uma certa renda para que aquela pessoa subexista naquele local ( semente, adubo, outros...), é isso o correto a se fazer. Mas, não pense que estou a favor do MST, pois, a FORMA de como é feito este tipo de "greve" está errada! Ao invés deles tentarem algum acordo, eles invadem propriedades do governo, abandonadas e de até pessoas, se apossando do que conseguem.
Voltando na questão tão 'discutida' do milagre brasileiro, ele unicamente só favoreceu a galera que se interessava pela economia, e como se trata do Brasil, favoreceu uma pequena parcela de pessoas.
unicamente, é um absurdo o Brasil dispor de tantas oportunidades de crescimento, para ter um "nome" no contexto mundial e assim crescer sua população e assim não faz...
Se o Brasil pensasse mais no seu povo, te garanto Marcio, que esse milegre brasileiro não teria acabado em poucos anos.
Carla Magon Turma: 201b
Rodrigo Marquês, turma B201 Nº27
me desculpe por demorar a postar o comentário prof 1000 perdões..
A Questão Agrária não é a primeira vez que se abre uma discusão sobre ela, Mas ela já foi muito discutida, falavam que devido ao seu atraso seria um empecilho ao desenvolvimento econômico.
Isso vinha reforçado pela crise que vinha se instalando desde os anos 60e 70, ai no país entrou em um crescimento o “milagre brasileiro” nesse período a questão agrária foi
“esquecida”, pois pouco se falou nela, mais o aumento vinha beneficiando cimento os produtos de exportação e não os produtos alimentícios. eles achavam os produtos de exportação mais lucrativos, mas o “milagre” acabou e tinha beneficiado apenas a minoria privilegiada. Como o Brasil daí por diante não vinha crescendo economicamente muito bem passou a ter como meta prioritária e mesmo com isso a anunciada super-safra que nem foi tão super assim conseguiu esconder o ressurgimento da questão agrária , pois ela não foi resolvida anteriormente.
Esse próprio “ressurgimento” serve para ilustra um ponto fundamental para poder confundir a questão agrária com a questão agrícola Se a produção Agrícola não crescesse no ritmo, necessário iria ocorrer uma crise agrícola: faltariam alimentos e/ou matérias-primas , o que viabilizaria a continuidade do processo de industrialização e se liberasse muita mão-de-obra em função das quantidades exigidas para a expansão industrial, iria se instalar uma crise agrária devido a uma urbanização exagerada ou deficiente.
A questão agrária está presente nas crises agrícolas ou vice-versa por isso é possível verificar que a crise agrícola e a crise agrária, além de internamente relacionadas , muitas vezes ocorrem simultaneamente mas isso nem sempre ocorre isso, muitas vezes ocorrem simultaneamente.
Com o desenvolvimento da produção capitalista na agricultura, ou seja, nas transformações que o capital provoca na atividades agropecuárias, tende haver com o uso de inseticidas, adubos
maquinas de utilização no trabalho, em resumo, a produção se torna mais intensiva sob o controle do capital,ou seja, no sentido das transformações capitalistas é elevar a produtividade do trabalho. Um bom exemplo é o da avicultura antigamente as galinhas e os galos também, eram criados soltos nas fazendas e sítios e em que as galinhas tinham que chocar ovos,normalmente uma duzia, ciscavam e cominham minhocas em milho. agora esse processo está sendo feito na chocadeira que é mais prático,e para ter uma maior produtividade não bastava as galinha se alimentar de minhocas e milhos mais sim de uma de um alimento que nutrisse elas que melhorasse sua produtividade e dai criaram as rações proprias pra elas que tem vitaminas e minerais, ou seja o capitalismo entro na agricultura para seu próprio beneficiamento tazendo mais produtividade e rendimento.
the end.. Meu Deus agora meu dedos estão cheios de calo, escevi muito, prof!!!
me desculpe pelos erros de portugues
FALA DESSE MOMENTO, Ñ É TÃO DIFICIL POR QUE FICOU BEM CLARO Q NA DECADA DE 30, OS GOVERNANTES ESTAVÃO LIGADOS NA INDUSTRIALIZAÇÃO OD PAIS, E ESQUECERAM AGRICULTURA E DO HOMEM NO CAMPO.POR ISSO QUE O EXEMPLO DA GALINHA NO MEU PONTO DE VISTA É BEM CLARO E DEFINIDO NO Q DIZ RESPEITO A INDUSTRIALIZAÇÃO, E QUE POR ESTE FATO Ñ PODEMOS VOLTAR ATRAZ, AI SIM AS CONSEQUENCIA SERIA A MESMA OU PIOR, QUE DEVEMOS FAZER É CONVIVER, E LUTAR POR UMA REFORMA AGRARIA E JUSTA NO PAIS.
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