É crescente a aplicação de políticas públicas no sentido de combater o nível de pobreza e promover a melhoria das condições de vida da população mais carente. Para tanto, é necessária a existência de índices que possam determinar com precisão as localidades que mais necessitam de apoio sustentado. Os índices de desenvolvimento humano é uma inovação ao avaliar o nível de atendimento das necessidades humanas considerando igualmente três aspectos: vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e padrão de vida digno. Esses indicadores quantificam as desigualdades de desenvolvimento humano existentes entre países, estados, municípios ou mesmo entre bairros.
IDH Desde
Na composição desse índice, cada um desses aspectos é representado por uma variável específica e mensurável: expectativa de vida ao nascer; nível de instrução e nível de renda.
Estabeleceram-se três principais categorias: 1) IDH 0 até 0,5: Baixo Desenvolvimento Humano; 2) IDH 0,5 até 0,8: Médio Desenvolvimento Humano e 3) IDH 0,8 até 1: Alto Desenvolvimento Humano
O IDH se baseia em três indicadores:
I) Longevidade, medida pela esperança de vida ao nascer;
II) nível educacional, medido por uma combinação da alfabetização adulta com a taxa de escolaridade da população
III) nível de vida, medido pelo PIB real per capita.
Um dos grandes méritos deste índice é utilizar dados básicos de existência quase universal. É também esta característica que possibilita o cálculo do IDH (ou de suas variantes) para unidades sub-nacionais, tais como regiões, estados e municípios, ou ainda para grupos ou partições da população, segundo atributos não geográficos tais como gênero, etnia, situação urbana ou rural, etc.
Indicadores espacialmente desagregados são úteis para mensurar as desigualdades de desenvolvimento humano existentes num país. No caso do Brasil, são indispensáveis, devido tanto à vastidão territorial quanto à enorme desigualdade na distribuição da renda. Com esse objetivo, em 1996, o PNUD e o IPEA publicaram o primeiro Relatório sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil, apresentando o IDH para as grandes regiões e por estado. Segundo o Relatório, dividiu-se o país em três grandes grupos.
No primeiro, estão oito unidades da Federação com o IDH mais alto: RS, DF, SP, SC, RJ, PR, MS e ES (pela ordem de classificação).
No segundo, 7 unidades de médio desenvolvimento: AM, AP, MG, MT, GO, RR e RO.
No terceiro, 11 estados: PA, AC, SE, BA, PE, RN, MA, CE, PI, AL e PB. Os nove índices mais baixos são de estados nordestinos. O Tocantins não foi classificado por falta de estatísticas.
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