sábado, 10 de maio de 2008

O Lixo Doméstico e Industrial - por J.W.Vesentini





Gladstone Campos/Ed. Abril - Usina de Compostagem de Lixo no bairro da Lapa, SP.

Um grave problema dos ambientes urbanos é o acúmulo de resíduos sólidos, tanto de origem doméstica quanto industrial. (...)

Das mais de 100 mil toneladas de resíduos coletadas diariamente no Brasil, aproximadamente 50% são depositadas a céu aberto e em áreas alagadas, o que freqüentemente dá origem a problemas sanitários e de contaminação hídrica. A outra metade do lixo é de algum modo tratada: 22% são colocados em aterros posteriormente cobertos por terra (aterro controlado); 23% são encaminhados a aterros sanitários, processo que dispõe o lixo na terra sem causar perigo à saúde ou afetar a segurança sanitária; 3% vão para a compostagem (transformação do lixo em adubo para uso agrícola); 2% são reciclados e muito pouco é incinerado. Resultado: 72% do lixo coletado no país (disposto a céu aberto e em aterro controlado) compromete a saúde da população. (...)

Os resíduos domésticos líquidos, também em grande volume, não recebem nenhuma forma de tratamento. Correm a céu aberto nas periferias, vão para as fossas sépticas, ou, muito mais comumente, para os rios ou mares.

Quanto ao lixo industrial, ele não é de responsabilidade do poder público municipal, mas das próprias empresas. Além do volume, outro problema é a periculosidade de muitos resíduos. Não podendo ser colocados em aterros da Prefeitura, devem ser tratados para não causarem danos ao meio ambiente. Os resíduos industriais líquidos, por sua vez, vão parar principalmente nos cursos de água. Muitos dos líquidos industriais não são reaproveitados por falta de tecnologia ou pelo alto custo econômico.

A Particularidade dos ecossistemas urbanos, o lixo, ao não ser tratado e depositado irregularmente, facilita a proliferação de ratos e moscas. Nos solos degradados e nos canteiros de obra somente detrminadas espécies de plantas conseguem se manter. Por fim, os rios das áreas urbano-industriais geralmente possuem baixo teor de oxigênio em solução, dificultando, ou, muitas vezes, impossibilitando a vida aquática.

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