Há uma discrepância do número de eleitores entre as diferentes unidades territoriais (Estados), sendo a representação política distorcida no congresso.
Como desenhar um sistema político que atenda as demandas de representações dos indivíduos (vontade do eleitor), da sociedade civil (partidos) e das unidades territoriais (Distritos eleitorais e unidades federativas)?
No Brasil discutem-se formas para se resolver essa discrepância, sendo o debate pautado em modelos que pudessem ser adotados, entre os quais:
Lista avulsa partidária de candidatos de todos os lugares na esfera federal.
Modelo Vigente
É a unidade federada com sua extrema disparidade de população e eleitores, adotando-se um número mínimo e máximo (8 e 70 respectivamente) de candidatos fixados nos dois extremos para deputado federal e 3 senadores por Estado. No modelo atual, um voto de um eleitor de Roraima vale muito mais que um voto de um eleitor de São Paulo.
Modelo Distrital
Dentre as alternativas temos:
a) Negar a AC, RR, TO, AM, RO o direito de eleger senadores e deputados federais
b) Diminuir drasticamente o número mínimo de representantes nesses Estados e extrapolar o número máximo para Estados mais populosos.
c) Aumentar o número máximo de 70 até o equivalente de proporcionalidade.
d) Voltar a considerá-los territórios o que reduz o peso de sua representação política.
e) Implantar voto distrital no país.
O voto distrital é que garantiria um melhor ajuste entre as demandas diversas de representação: individual; partidária e ao mesmo tempo político-territorial compondo ao final um conjunto articulado e razoavelmente equilibrado para o país.
SENADO: sua função básica é federativa: Ações amplas e permanentes com vistas ao equilíbrio entre as unidades federadas.
CÂMARA: Ação de âmbito e interesses nacionais, ancorados na diversidade de interesses políticos da sociedade civil, corporações, etc.
O sistema político representativo democrático busca garantir a impossibilidade de tirania da maioria e o poder de veto da minoria, tanto aos interesses de classe quanto aos de interesse territorial.
DESIGUALDADES REGIONAIS: REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL NO BRASIL
A cidadania em países com grandes diferenças regionais de desenvolvimento e renda são uma questão constitucional, legal e territorial.
O sistema político representativo democrático busca garantir a impossibilidade de tirania da maioria e o poder de veto da minoria, tanto aos interesses de classe quanto aos de interesse territorial.
Para um país tão desigualmente povoado é complicado. Como obter proporcionalidade ideal sem causar
3 problemas:
1. Possibilidade de tirania da maioria, estando concentrada no centro-sul a maior parte das atividades econômicas e de renda.
2. Impedir fortalecimento de oligarquias e o seu poder de veto, já que estas dominam o cenário político e econômico das regiões mais pobres.
3. Impedir a hegemonia de interesses das regiões mais ricas.
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