Nada mais irritante que ver a nossa cidade ganhar três dias de folga, de falta de produção e de resolução de problemas por esses encontros contraditórios embasados na sustentabilidade.
Pode parecer coisa de velho ranzinza, quase uma esquizofrenia. É estranho você, eu e mais bilhões de pessoas termos assistidos as discussões da conferencia realizados na Rio 92 e ver que quase nada foi feito ou praticado para se melhorar o meio ambiente.
A desculpa, o problema, o impasse residem sempre na mesma questão: "Quem vai pagar a conta do desenvolvimento sustentável?"
Na primeira versão do encontro, a vinte anos atrás, ela quisera ser jogada nas costas dos países centrais, os desenvolvidos do mote capitalista. Metas de redução para a poluição das águas, do ar, no desenvolvimento de fontes de energia mais limpas e renováveis. Ampliação do Mundo verde, isto é, da venda e difusão de filosofias e produtos ecológicos. Virou um Filão para se arranjar dinheiro.
No Encontro Atual Rio +20, discutem-se as mesmas coisas. Ah, esqueci de falar que pobreza, desigualdade social, educação foram invocados também. Tanto nesse encontro quanto no outro, o anterior, vemos o replay destas discussões.
A sustentabilidade me irrita pois, em sua intenção, é muito bonito, prazeroso, ESSENCIAL para a sobrevivência da biosfera e para a manutenção da sociedade humana e de sua forma de vida. Mas, tanto politicamente quanto economicamente, não passa de discurso vazio. Tentam vender a todos nós a preocupação com o ambiente planetário.
Falácia. Por várias razões: uma é que mesmo dispondo de outras fontes de energia limpas ou menos poluidoras, os investimentos nelas são pífios. Ainda são caras demais.
Outra, existem implicações na produção de biocombustíveis que podem afetar bem mais o ambiente e a sociedade que se imagina. Além disso, temos o fato que o sistema capitalista por si só é insustentável. o modelo econômico que desejam a todos os viventes, de consumir, de "ter" para poder "ser", não é factível. Precisaríamos de mais planetas para garantir os recursos e os dejetos vindos dessa situação.
Ainda podemos citar que falta vontade política em fazer acontecer, em fiscalizar, em governar e elaborar políticas que atentem para o bem comum da população em geral, não de segmentos sociais curtos e abastados. Tanto no ambiental quanto no social. Para exemplificar é só nos atermos a questão do lixo, da moradia, dos deslizamentos e poluição dos rios, saneamento....
Enfim, o que me irrita de fato é ver reportagens e mais reportagens destacando mais uma vez a ineficácia deste tipo de encontro. Serve como panfletagem. Apenas isso. melhorar nossa vida social ou ambiental que é bom....
Esperem o Rio + 40...
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