Sou tímido, é difícil viver, o mundo quer extrovertidos, e não introvertidos. As artes (introspecções) não são valorizadas, é triste, a vida não faz sentido, e nem deveria, mas parece ser preciso haver sentido pra tudo, por isso o tédio, a ausência de algo que faça sentido. Por que seguir uma rotina, se (teoricamente) eu poderia experimentar algo diferente a cada dia e talvez eu possa experimentar, basta perder a timidez, a feiúra, a chatice e começar a ter graça. Mas... pensar não leva a nada.
Eis o que é valorizado: seguir ordens e dedicar a vida a um objetivo que nem seu é.
Se alguém diz que tem um objetivo na vida, um sonho; está mentindo. A cada dia queremos algo novo, algo que não temos. Objetivos surgem a cada ano e sonhos a cada noite
Eu não levo nada tão a sério e ao mesmo tempo levo. Não dou a mínima importância às coisas essenciais da "vida", presto atenção em tudo que é inútil, subjetivo. O mundo é insensível, eu não. O tempo não pára, eu sim.
Paro, penso e reflito.
Enquanto a vida corre, eu fico, quando os outros calam, eu grito por dentro, no papel, no violão, ao vento. Só enxergo a imensidão do mar, palavras, emoções. Já passei por torrentes, chuvas, furacões, tudo isso na minha pobre mente. Reações químicas fustigando sempre minha alma divina e meu cérebro cientificamente correto, como o mundo está se tornando e como eu deveria ser. Mas não, prefiro fumar, olhar o rio, escrever e ouvir música, me encantar com a beleza: das mulheres, da natureza e filosofar sem nenhuma obrigação e com alguma esperança ver o mundo com inocência, como vê uma criança.
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Isso é o que sou e o que penso.
Hoje.
Amanhã pode mudar.
Talvez já tenha mudado.
Eu que ainda não percebi.
Uma metamorfose ambulante
Tal qual Raul
Um comentário:
Feliiz Aniversaario filé
beijoos Mimi haha
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