Galo! Vaca! Porco! Elefante! Macaco!
A impressão ao ouvir tais nomes pode remeter à venda de bilhetes de loteria – o bicho da sorte. Certamente não. Esses, dentre outros, são nomes que se dão gratuitamente no relacionamento cotidiano de escolares, caracterizando o fenômeno bullying – a violência velada num jogo de faz-de-conta, tomada quase sempre como “coisa de adolescente”, como o caso de Cleciane Santos, 13, morta por asfixia enquanto apanhava de colegas de colégio, em Petrolina (PE).
O fenômeno migrou para outros espaços freqüentados por estudantes: a internet e suas vias, para escamotear o que não é padrão, no julgamento deles. Nesse mundo virtual, o deboche e o descaso – verdadeiras lições de humilhação – não poupam colegas, 10 professores etc.
Revela-se a crise de uma geração jovem que se impõe pelo temor, força e “pseudo-poder”, ditada pela intolerância e pela ausência de padrões orientadores da vida social, num exercício de ditadura do grupo. Trata-se também da crise da escola ao se intimidar, se encolher, se recolher e conviver, quase sempre, sem saber como administrar o problema, para além de um registro em livro de ocorrências, e... Até a próxima advertência.
Um comentário:
Prezado Márcio,
Fiquei muito contente em ver meu texto publicado em seu blog.
É esse, certamente, o caminho pelo qual, nós educadores, possamos contribuir com a formação de nossos adolescentes/jovens.
Para o autor, ao produzir um texto e vê-lo circulando, tem um significado muito grande.
Um abraço,
Prof. Elísio
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