terça-feira, 24 de julho de 2012

Meu Dia de Spectroman - (by GraveHeart - Via Blog: O Programador e o Bushido)



Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como em todas as metrópoles deste planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E, apesar dos esforços das autoridades de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as àguas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir?

Planeta: Terra. Cidade: Não lembro, uma perto de Campos do Jordão, interior de SP. Época: 2005, próximo do verão. Me encontro em um carro, indo com amigos até um churrasco no hotel-fazenda dos pais de uma das meninas do carro. Todos conhecidos da academia, em três carros diferentes. Eu, já tendo emagrecido uma porcentagem considerável, era conhecido muito mais pela minha timidez e humor estranho do que pelas minhas nerdices e maluquices afins. Afinal, até então eu quando muito havia aparecido para treinar com umas camisetas velhas com estampas de animes, uns comentários obscuros sobre algumas séries antigas, e olhe lá. Meu lado nerd ficava em casa, em meio a madrugadas jogando Lineage II ou lendo algum mangá.

E eis que paramos em uma floricultura, em meio às montanhas, para descansarmos e tirarmos umas fotos. Ainda de manhã, céu azul com poucas nuvens, fui andando até o fim da floricultura, até a cerca que me separava de um buraco enorme que mostrava uma planície gigantesca à minha frente. De lá, dava para ver outras montanhas bem ao fundo, além de estradas, vilarejos e outras marcas do homem.
E foi ali, naquele cenário, olhando para aquela imensidão e me sentindo um gigante, que fiz o que iria me marcar naquele grupo para sempre. Levantei o braço direito e gritei:

- DOMINANTES!
Um dos caras que estava mais próximo de mim abriu um sorriso e na hora emendou
- “Spectreman, prepara-te para transformação!”
- ÀS ORDENS! – Gritei, enquanto um casal mais velho que estava nos acompanhando chorava de rir e cantava a abertura brasileira da série

E o resto, inclusive as mulheres, ficou olhando pra gente sem entender nada. E, muito embora conversas de tokusatsus antigos e cenas de transformação tenham dominado o resto do dia, a partir daquele momento eu me tornei o esquisitão da turma da academia, aquele cara que “é até bonitinho, mas ainda lê gibizinho”. O que com certeza me fez perder muitas oportunidades com garotas dali.
Mas, se me perguntarem, valeu a pena. Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que não tem nada mais chato que ser normal.

Publicado em história pra boi dormir


Como era dificil a vida de um super herói japa com orçamento reduzidissimo! hahahaha

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